O real desconhecido, 2010

Acrílico sobre vidro, 40x40cm

Desenhos captados a partir da janela de casa, anulando os detalhes


Luís Ribeiro apresenta um conjunto de catorze desenhos impressos sobre papel onde questiona, baseado na obra "A Sociedade Transparente" de Gianni Vattimo, o que nós conhecemos do nosso passado. Este propõe-nos a ideia de que não existe uma história como "curso unitário", uma história única mas antes há imagens do passado propostas por pontos de vista diversos. 
Partindo desta ideia, Luís Ribeiro apropria-se do texto de Walter Benjamin "A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica" e, ao reproduzi-lo, anula-o propositadamente alertando-nos para a facilidade da alteração dos dados históricos e da forma como estes passam de geração em geração. No fundo, questiona a forma como nós usamos os mecanismos de reprodução para registar a história. Paralelamente Luís Ribeiro apresenta-nos, também, uma série de desenhos sobre vidro captados a partir das janelas de sua casa reproduzindo a realidade exterior anulando os detalhes.

Luís Ribeiro nasceu em Guimarães em 1982.

Licenciou-se em Desenho na ESAP (2004), tendo realizado o Mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas na FBAUP (2008). É membro fundador do Laboratório das Artes e realiza diversas exposições desde 2003, onde se destacam as individuais "Something we should know about reality", Galeria Gomes Alves 2, Guimarães (2010), “Accidents are an exception”, Galeria Reflexus – Arte Contemporânea, Porto (2008) e “Parasitic Humanoid”, Galeria Gomes Alves, Guimarães (2006). Das colectivas destacam-se "Salão Europeu de Jovens Criadores 2009-2011", "MV/C+V", Centro Cultural Vila Flor, Guimarães (2009), “IMPORT / EXPORT”, Projecto Fábrica, Guimarães (2010), “Pack!”, Reitoria da Universidade do Porto, Porto (2008), “Anteciparte, 3ª edição”, Lisboa (2006), “16 salas, 1 espaço”, Laboratório das Artes, Guimarães (2005), “a dizer...”, Espaço ‘Pêssegoprásemana’, Porto (2004), entre outros.